Uma breve e inesquecível road trip pela Flórida
- Renata Ruffato
- 17 de fev.
- 5 min de leitura
Atualizado: 18 de fev.
Não curto parques. Não ligo pra compras (ainda mais com o dólar nas alturas). Não suporto o Trump, rs… E acho Miami um tanto cafona. Mas resolvi conhecer a Flórida. E foi sensacional! (ok, passagens free foram um fator de peso pra decisão - obrigada, pai, aposentado da Latam). É tão bom quando a gente não espera muita coisa e recebe tanto, né? <3
Mesmo no inverno, fui abençoada com 8 dias de sol, céu azul e temperatura média de 25oC. Ou seja, deu praia - e muita praia, uma mais linda que a outra. E isso foi uma surpresa e tanto!
De carro ($60/dia) consegui explorar bastante coisa - foram mais de 1.300km rodados, muitas playlists do Spotify zeradas e uma paz enorme. Uma road trip sozinha, sem muito planejamento e, como disse, com poucas expectativas, todas elas superadas com sucesso.
Cheguei em Miami e fiquei 1 dia e meio por lá, passeando basicamente em Miami Beach. De bike ($32 / 3 horas), conheci toda a orla com paradas estratégicas para alguns banhos de mar. A areia branca, as peculiares casinhas dos salva-vidas e o mar azul-turquesa renderam uma experiência incrível.
Adorei passear pelo South Pointe Pier, que dá vista pra toda Miami Beach, seus condomínios de luxo e iates que fazem a gente entender o que é riqueza de verdade.
Também dei um giro pela famosa Rodeo Drive com seus restaurantes e hotéis só pra chiques e famosos. E ainda em Miami, conheci o Design District (outro lugar de endinheirados).
Reservei dois dias pra conhecer Key West e valeu demais. Primeiro, pela Overseas Highway, estrada sensacional que atravessa uma série de ilhas (as Florida Keys) com grandes trechos cercados de águas cristalinas: de um lado temos o Oceano Atlântico e do outro, o Golfo do México. O legal é ir sem pressa, parando pelo caminho. Duas indicações: a barraca de frutas Robert is here, com direito a um minizoo no fundo. E a lojinha de recordações e outros cacarecos Betsy The Lobster, com a escultura de uma lagosta gigante na porta.
Key West é uma gracinha, tem uma atmosfera mais descontraída, típica de cidade praiana descolada e meio hippie (olá, Bob Marley).
Aluguei uma scooter/lambreta ($ 40 o dia todo) e foi incrível, deu pra explorar toda cidade com um gostinho retrô de liberdade. Vale andar e comer pela Duval Street, pegar praia perto do Higger Pier e tomar um drink no Mallory Square durante o por do sol, um espetáculo hipnotizante, inesquecível e tantos outros adjetivos. Ruim apenas a hospedagem, que em Key West é cara demais e acabei ficando num hostel deplorável. Acontece…
Fui também pra Costa Oeste da Florida e foi um acerto e tanto! Adorei Naples e suas mansões, sua chiquérrima 5th Avenue e belas praias.
Pra curtir o dia ensolarado, escolhi conhecer a Clam Beach: a gente deixa o carro num estacionamento ($10) e chega nela com carrinhos de golfe. O acesso é por um restaurante e todo esse rolê vale a pena demais!
Pra dormir, fiquei num airbnb em Bonita Springs (bem pertinho de Naples e muito mais em conta). E no dia seguinte explorei as praias de lá, com destaque para Barefoot Beach, com um mar inacreditavelmente azul e sem ondas. Piscina que fala?
Terminei a viagem conhecendo um pouco da Costa Leste e revendo amigos queridos. Fiquei em Hollywood Beach, com uma vibe bem festiva e um calçadão que convida pra uma caminhada ou um pedal (claro que aluguei uma bike). Muitos restaurantes, muita música, diversão, estrutura pros banhistas, mar gostoso, praião sem erro.
Também passei rapidamente por Fort Lauderdale, bonita, chique, cidade maior, praia extensa… queria ter feito um passeio de barco pelos canais que têm lá, mas fica pra próxima.
E compras, Renata? Cadê? Sucumbi ao consumismo e passei algumas horas no Sawgrass Mills, o maior outlet da Flórida. É realmente gigantesco, o que me fez ainda mais perdida nessa função. Mas fiquei feliz em encontrar minha loja preferida, a Primark, e renovar meus pijamas, camisolas, meias e otras cositas mas. Gostei dos preços da Vans, da Puma… e só. De verdade, não achei nada muito barato/imperdível, mesmo deixando a conversão de lado. Também fui no WalMart só por desencargo de consciência e enchi uma mochila de chocolates e doces pra presentear a família.
Se a intenção era relaxar após meses de trabalho intenso, o objetivo foi atingido com sucesso absoluto. E acabou por mudar completamente minha percepção da Florida. Voltaria? Sim! Fora de temporada, em dias quentes (mas nem tanto, como foi dessa vez), de preferência com o dólar mais amigável e motorizada, o que foi fundamental pra essa experiência surpreendente e inesquecível.
PS 1: A Florida não serve pra treinar inglês… ouvi e falei muito mais espanhol que inglês, impressionante.
PS 2: Não tem ambulante em praia nenhuma, nem quiosque/barraquinha! Ou seja, nada de água de coco, queijinho coalho, milho, caipirinha kkkkkk. Leve seu cooler com cerveja, petiscos, sua cadeira, guarda-sol (menos caixa de som, por favor), seja uma farofeira feliz nas praias da Florida ;-)
PS 3: Não sou de gastar dinheiro com comida, especialmente num país como os EUA... mas aqui vão 4 dicas:
muito gostosos os sanduíches da rede Shake Shack
qualquer Walgreens e outras redes dessas têm boas opções de pratos feitos em conta e gostosinhos - e tem um em cada esquina, impressionante
busque por boas Chicken Wings e seja feliz, valem as calorias com certeza
em Key West, experimente a tradicional e azedinha Key Lime Pie
Mais fotinhos aqui:
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